Autor: Sylvain Reynard
Título Original: Gabriel’s Inferno
Editora: Editora Arqueiro
Sinopse:
Enigmático e sedutor, Gabriel Emerson é um renomado especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem limites.
O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado. Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados.
Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando vai fazer mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante – um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer.
Assim que põe os olhos em Julia, Gabriel é tomado por uma estranha sensação de familiaridade, embora não saiba dizer por quê. A inexplicável e profunda conexão que existe entre eles deixa o professor numa situação delicada, que colocará sua carreira em risco e o obrigará a enfrentar os fantasmas dos quais sempre tentou fugir.
Primeiro livro de uma trilogia, O inferno de Gabriel explora com brilhantismo a sensualidade de uma paixão proibida. É a história envolvente de dois amantes lutando para superar seus infernos pessoais e enfim viver a redenção que só o verdadeiro amor torna possível.
Resenha: Vou começar dizendo que o que eu mais gostei em O Inferno de Gabriel é a relação com o autor Dante Alighieri, sua obra A divina Comédia e sua musa amada Beatriz Portinari. Então, antes de fazer minha resenha vou colar aqui um texto sobre Dante já que ele é grande base do livro e eu não aconselho que vocês comecem a ler esse livro antes de ter um conhecimento básico sobre o autor:
Filho de importante família florentina, não se sabe a data exata de nascimento de Dante Alighieri, o poeta que definiu e estruturou o idioma italiano moderno. A península Itálica na sua época era um mosaico de pequenos Estados que não compartilhavam sequer a mesma língua ou cultura. Aos nove anos de idade Dante conheceu Beatrice (Beatriz) Portinari, que seria a musa inspiradora ao longo de sua obra: com 16 anos ele voltou a encontrá-la e escreveu para ela o primeiro de seus famosos sonetos de amor. Dois anos depois, casou-se com Gemma, com quem teve três filhos. O casamento estava combinado entre as famílias desde a infância dos noivos.
O amor por Beatriz deu a partida na moda do amor romântico em italiano. A morte da amada, em 1290, levou Dante ao estudo de filosofia latina e religiosa, conhecimentos que inspiraram sua principal obra. A “Divina Comédia” conta uma viagem imaginária de Dante. O poeta romano Virgílio, seu autor clássico preferido, é o guia no caminho pelo Inferno e Purgatório, onde se encontram personalidades históricas e muitos poderosos da época. No Paraíso, Dante é levado por sua amada Beatriz, a um final feliz. O sentido original da palavra comédia (commedia, em italiano) era oposto ao de tragédia, que terminava mal para os personagens.
Dante combateu ao lado dos cavaleiros florentinos, em 1289, contra os de Arezzo. De 1295 a 1300, fez parte do Conselho dos Cem, que governava a cidade. Ele chefiou uma delegação de embaixadores de Florença a Roma, para negociar a paz com o papa Bonifácio 8º., que enviara uma tropa para pacificar a região da toscana. Exceto Dante, a comitiva retornou à cidade. Enquanto ele estava retido pelo papa, a cidade foi ocupada por uma facção rival, que matou a maioria dos membros do partido ao qual o poeta era ligado.
Dante foi condenado ao exílio pelo novo governo de Florença. Se fosse capturado por soldados da cidade seria queimado vivo. Após passar por vários principados, em 1318, ele foi convidado para ser hóspede de Guido Novello da Polenta, príncipe de Ravena, onde morreu em 1321, o mesmo ano em que terminou de escrever os versos do Paraíso, a parte final de sua “Divina Comédia”.
Agora que estão apresentados a quem foi Dante, posso começar minha resenha. Pra mim o ponto forte do livro é as ligações históricas e literárias, o livro segue a receita de bolo que eu tenho encontrado no gênero New Adult/Romance: Mocinha inocente mais nova que o Mocinho poderoso e rico, a mocinha se apaixona perdidamente pelo mocinho que tem alguns problemas de personalidade e tenta ser a sua grande salvação, vou confessar que após ler alguns livros New Adult cansei um pouco disso. Porém, gostei da obra, conseguiu captar a minha atenção e fazer-se valer a pena.
Julianne é uma moça tímida, imensamente inteligente vai para o Canada para realizar um mestrado especializado em Dante Alighieri, busca em sua nova vida deixar cicatrizes do passado e tornar-se uma pessoa nova, por mais que um antigo amor datado de seus 17 anos continue rondando seu coração e seus sonhos.
Gabriel aos 33 anos, é professor de mestrado, absurdamente lindo que faz todas as alunas caírem por ele – apesar de manter-se estritamente ético e nunca ter se envolvido com nenhuma delas. Solitário e reservado, Gabriel se descreve como um homem mergulhado em seus pecados.
A mistura dos dois personagens, suas histórias, seus traumas e pecados tornam se interessantes, apesar de em terminado ponto da histórias eu achar que foi devagar demais isso não tirou a beleza num geral do livro, estou muito ansiosa para ler o segundo volume. Eu gosto dos questionamentos a cerca de pecado e salvação, já li alguns livros que falam sobre isso além da bíblia, alguns sobre misericórdia e graça divina, acredito ser um assunto que uma vez ou outra passou pela cabeça de todas as pessoas. Apesar de estar se apresentando como um New Adult eu acredito que O Inferno de Gabriel vai mais para um romance apimentado e só, não foca apenas no sexo e eu gostei muito disso.
Referências Musicais
Fiz uma seleção de músicas que encontrei no livro para vocês ouvirem enquanto estiverem lendoMeu quote preferido do livro:
“O sexo é adequadamente entendido como uma experiência não só física como espiritual: uma união arrebatadora de dois corpos e duas almas, que seria como alegria e o êxtase da união com o Divino no paraíso. Dois corpos unidos pelo prazer. Duas almas unidas pela conexão entre seus corpos e pela entrega sincera, passional e altruísta de todo o seu ser.”