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Autor: J. A. Redmerski
Título Original: Killing Sarai
Editora: Editora Suma de Letras
Nota: 4.9

Sinopse: Sarai era uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma sorte. Depois de nove anos trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar.

Victor é um assassino de aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo ou seduzi-lo. Em A morte de Sarai, primeiro volume da série Na Companhia de Assassinos, quando as circunstâncias tomam um rumo inesperado, os dois são obrigados a questionar tudo em que pensavam acreditar.

Notas: 

Atributo Nota
Capa 5
Enredo 5
Escrita 4,5
Personagens 5
Final 5
Classificação geral 4,9

Posso dizer que A morte de Sarai é diferente de tudo que eu já li em termos de suspense para jovens, engoli o livro e estou sedenta por mais. Victor é o anti-herói, ele é mais do que o bad boy, é um assassino a sangue frio e não pensa em ninguém além de si mesmo. Eu já li muitos livros onde a mulher consegue mudar o homem facilmente, por exemplo, o cara era um mulherengo desgraçado e em 10 páginas ele se torna o homem fiel e apaixonado, esqueça esse conceito em A Morte de Sarai. Vou falar primeiro do Victor, porque eu realmente gostei muito do personagem e da construção dele.

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Desde os 9 anos, Victor foi recrutado por uma ordem e não entende outra forma de vida a não ser matar, ele não tem sentimento por suas vitímas e tão pouco se importa de onde elas vieram, se tem família ou não, o que importa é matar e receber seu dinheiro. Ele é lindíssimo, mas assim como mata pessoas, ele transa com quem quer e sempre deixar claro que sentimentos não serão envolvidos, nunca. Já adianto, não considero isso um spoiler, mas um motivo para você ler: Sarai não transforma Victor em um namorado perfeito e apaixonado, e esse é o maior atrativo do livro, na minha opinião.

Sarai está presa há 9 anos, apesar de ser a favorita de Javier, ela ainda é uma prisioneira e pensa a cada segundo em fugir. Mas, Sarai não é uma garotinha assustada e chorosa, ela aprendeu a se defender como pôde, aprendeu a ser manipuladora e uma ótima atriz, sobreviver e fugir são suas metas de vida.

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A relação de Victor e Sarai é confusa, mas não tem nada de fantasiosa. Sarai só quer usar Victor, assim como aprendeu a manipular Javier, ela quer usar o mesmo efeito em Victor, mas ele é experiente demais para se deixar levar por uma sedução barata, e aí está uma bela jogada da autora. Victor toma decisões com frieza, mesmo quando ele cede, é porque ele tem algo a ganhar. Eu não vi uma relação perfeita ou um conto de fadas, Sarai e Victor se sentem atraídos um pelo outro, mas não é amor, é o reconhecimento de um semelhante e de certa forma admiração.

“Nunca, sob qualquer circunstância, deve confiar totalmente em alguém. No final, você só pode confiar em si mesma. Eu não sou seu herói. Não sou sua alma gêmea que jamais deixará que nada de ruim lhe aconteça. Sempre confie em seus instintos primeiro, em mim, se decidir confiar, por último.”

Sarai é a protagonista que eu tenho esperado há muito tempo para ver em livros que tem como público jovens, eu tenho essa impressão que os livros trazem mais do mesmo, não que eu não vá continuar lendo esse tipo de livros, vocês sabem pelas resenhas que sim e que eu gosto, mas foi ótimo quebrar isso com A morte de Sarai. Se você está de ressaca de livros que tem a mesma receita, mais do que indico esse livro.

Eu gostei muito do trabalho de capas da série, a Suma de Letras decidiu por manter a capa gringa e eu achei ótimo, o contraste do preto e vermelho dá dramacidade e me lembra muito trabalhos como Sin City. As páginas do livro são de um tom de bege, o que eu acho ótimo, no meu caso que uso óculos é muito melhor ler nesse tipo de papel, adorei também a textura da capa que é fosca, acredito que o trabalho gráfico também foi muito bem pensado para se encaixar na trama.

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Agora é torcer para a autora não desandar a história nas próximas edições, até agora foram lançados 5 livros em inglês, e 1 volume em português, a Suma de Letras não é uma editora que costuma demorar para publicar continuações, então estou ansiosa!