Fui ao cinema sem graças expectativas, sabia pelo release que o filme é um dos indicados ao Oscar 2017 na categoria de melhor filme estrangeiro e melhor maquiagem, porém eu  nunca tinha assistido um filme sueco. Já começou a resenha dizendo que não estava preparada para o impacto que Um homem chamado Ove teria em mim.

Dados do filme:
Ove é um senhor mal-humorado de 59 anos que leva uma vida totalmente amargurada. Aposentado, ele se divide entre sua rotina monótona e as visitas que faz ao túmulo de sua falecida esposa. Mas, quando ele finalmente se entregou às tendências suicidas e desistiu de viver, novos vizinhos se mudam para a casa da frente, e uma amizade inesperada irá surgir.

Direção: Hannes Holm
Elenco: Rolf Lassgård, Bahar Pars, Ida Engvoll
Gênero: Comédia
País: Suécia
Ano: 2016
Duração: 116 min

O filme chega aos cinemas nesta quinta feira, 16 de fevereiro, não estará em todas as redes de cinema, mais fácil de encontrar nos cinemas que exibem filmes “cults”  com o caso do Itaú Cultural.


No início do filme, conhecemos Ove, ele parece ser mais um daqueles senhores “cri cri” que todo mundo odeia na vizinhança, o chato do trabalho, o inconveniente no supermercado – é engraçado, na verdade, o quanto ele é meticuloso com regras e chatices. O filme intercala entre flashs do passado e da vida atual do personagem, nos mostrando os eventos que o  fizeram se tornar esse senhor de 59 anos tão mal-humorado e resolver dar um fim a própria vida.

Porém, mesmo nesse momento Ove não encontra paz, seus novos vizinhos parecem fazer de tudo para atrapalharem sua rotina e sua decisão. Você pode pensar que devido ao fato de o personagem pensar em se matar o filme seja triste, porém, longe disso, ele é uma comédia que emociona e te faz colocar a mão ali na consciência e pensar nas suas relações.

Minha personagem favorita foi a esposa de Ove, Sonja, ela me lembrou algo que eu tenho feito meu lema nos últimos tempos que é: sempre pensar positivo, sempre acreditar que as coisas possam dar certo.  Ela é a personificação desse sentimento, todas as vidas em que ela toca é de forma positiva e impressionante.

A grande mensagem do filme acaba por ser “Ninguém é capaz de ser feliz sozinho”. Foram 116 minutos que passaram tão rápido entre risadas e algumas lágrimas, nem lembrei que eu tinha aquele preconceito chato sobre filmes que não são em inglês. O filme carrega muitos clichês, mas não achei que isso afetou a qualidade. Não é á toa que o filme está sendo indicado ao Oscar e ganhou uma grande torcedora por aqui, a maquiagem é incrível também!

O filme é baseado no livro de Fredrik Backman, publicado pela Alfaguara no Brasil.

O filme me lembrou de um Ted Talks que eu vi esses tempos, que fala sobre ” O que torna a vida boa?” a tradução para o português não é 100%, mas dá para entender, vejam esse vídeo, sério <3