Autor: Gail McHugh
Título Original: Collide
Editora: Editora Arqueiro
Nota: 3,1
Sinopse: Após a morte da mãe, a vida de Emily Cooper vira de cabeça para baixo. Ela precisa de um novo começo, e Dillon Parker, seu namorado, a convence a se mudar para mais perto dele a fim de passarem mais tempo juntos. Em Nova York, Emily arranja um emprego temporário como garçonete em um restaurante no centro de Manhattan. Ao sair para fazer uma entrega logo no primeiro dia de trabalho, ela esbarra em Gavin Blake, um empresário sexy e bem-sucedido. Assim que seus olhares se encontram, há uma tensão no ar, mas nenhum dos dois consegue entender ou explicar essa forte conexão. Atormentada, Emily tenta não pensar muito naquele desconhecido que mexeu tanto com ela. Porém, ela descobre que Dillon e Gavin são amigos e que terá de conviver com ele muito mais do que poderia ter imaginado. Perdida em sentimentos confusos, Emily sente o desejo por Gavin crescer e se tornar mais ardente a cada vez que se encontram. Será que os dois vão resistir à tensão ou se entregar a essa paixão, apesar de todas as consequências?
Nota:
Atributo | Nota |
Capa | 5 |
Enredo | 2,5 |
Escrita | 3 |
Personagens | 3 |
Final | 2 |
Classificação geral | 3,1 |
Tensão faz jus ao nome, te deixa tenso até pelo menos metade do livro. Eu fiquei tão empolgada com o livro que comecei a ler ele por volta das 2h quando ia dormir, com a intenção de só ler o primeiro capítulo e acabei largando só as 6h e só porque eu estava com muito sono.
Tensão acontece em torno de Emily, Dillon e Gavin, um triângulo amoroso dos bem confusos. Geralmente, não sou muito de ler sobre triângulos, não sou fã, mas a escrita fluia tão bem que eu acabei gostando e muito da história.
Emily se muda para Nova York depois que sua mãe falece, ela aceita o convite de seu namorado Dillon para mudar-se para do Colorado para uma nova vida, tentando se reconstruir e tocar a vida após a perda. Emily divide um apartamento com sua melhor amiga Olivia, já que ainda acha seu relacionamento muito recente para morar junto. Mas, quando sua vida se encontra com a de Gavin, tudo que ela tinha certeza começa a desmoronar nos lindos olhos azuis do moço. No início eu até gostava da Emily, entendia a dor que ela passou com a mãe, os traumas por causa do pai e a dificuldade em tocar uma nova vida, e a dependência do namorado. Mas, conforme o livro foi passando a Emily se transformou de uma garota forte reconstruindo a vida, para uma mulher frágil, submissa e irritante.
Meu personagem favorito no livro foi o Gavin Blake, ele é muito divertido, sedutor e eu gostei muito de cada pensamento nele, achei descontraído, decidido e me encantou muito. A narrativa do livro intercala entre o que o Gavin e a Emily estão pensando e isso dá um toque divertido ao livro, no final do livro eu só queria ouvir o Gavin porque a Emily começou a me dar depressão e se eu pudesse daria um tapa na cara dela “acorda pra vida”. Mas, o livro toca em um assunto bem delicado e que vale a pena ser discutido que são relacionamentos abusivos, através da Emily conseguimos identificar pequenos gestos que mostram um relacionamento abusivo, Dillon é um homem muito manipulador, ele usa tudo que já fez pela Emily, principalmente, durante o câncer da mãe dela para obrigá-la a ser submissa – e ela, aceita.
Durante o livro, o Gavin mostra uma brincadeira que ele faz todo ano quando vai pra sua casa de praia, existe um vaso de vidro ontem ele fica arremessando tampinhas de garrafa de cerveja, por isso, esse post tem um Heineken. Quando expliquei aqui em casa porquê tirei essas fotos, pessoal até falou de comprar um vaso e fazer igual haha.
A melhor amiga da Emily, Olivia é uma personagem divertida e fala sempre o que quiser, ela completa a discussão de relacionamentos abusivos em vários puxões de orelha que ela dá na amiga. A única coisa que eu não achei legal sobre ela, é que a Olivia é bissexual (calma, deixa eu explicar!) só que a explicação para ela começar a sair com mulheres é que ela se deu muito mal com os homens, então ela “desiste”, eu acredito que falas como essas acabam criando mais preconceito em torno de ser gay, acaba confirmando aquela coisa que a pessoa é gay porque escolhe ser e liga isso a luxúria, e eu não acredito nisso, acredito que a pessoa nasce com isso dentro de si e ponto, então não achei legal essa parte.
Até o meio do livro tudo estava frenético e muito bom, mas aí a autora resolveu que ia enrolar a vida toda e dar uma continuação pro livro… Não Gail, não faz isso. Quando vi no verso do livro que havia uma continuação eu estava muito confiante que seria a história da Olivia, mas não minha gente, depois de um livro de 329 páginas a autora achou que precisava dar desfecho só na continuação, ta de zueira com a gente né, moça? Por isso, dei uma nota tão baixa, se ainda fosse um livro fininho, eu perdoaria, mas não é!
Se ele tivesse 200 páginas e não tivesse o desfecho ou tivesse as 329 mas houvesse um desfecho, eu AMARIA, mas essa mania que alguns autores tem de ficar enchendo lingüiça para ter mais um livro e ganhar mais dinheiro acaba por destruir um trabalho legal. Eu quero ler a continuação? Sim, estou curiosa, mas o livro já não vai ter uma posição tão importante na minha pilha de livros e perdeu a chance de se tornar um livro favorito.