a maquina de contar historias resenha
Autor:  Maurício Gomyde
Título Original: A Máquina de contar histórias
Editora: Editora Novo Conceito
Nota: 4,6
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Sinopse:

Na noite em que o escritor best-seller Vinícius Becker lançou A Máquina de Contar Histórias , o novo romance e livro mais aguardado do ano, sua esposa Viviana faleceu sozinha num quarto de hospital. Odiado em casa por tantas ausências para cuidar da carreira literária, ele vê o chão se abrir sob seus pés. Sem o grande amor da sua vida, sem o carinho das filhas, sem amigos… O lugar pelo qual ele tanto lutou revela-se aquele em que nunca desejou estar. Vinícius teve o mundo nas mãos, e agora, sozinho, precisa se reinventar para reconquistar o amor das filhas e seu espaço no coração da família V. Uma história emocionante, cheia de significados entrelaçados pela literatura, mostrando que o amor de um pai, por mais dura que seja a situação, nunca morre nem se perde.

Notas

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Um livro sobre rever prioridades de vida

Resenha: Eu nunca tinha lido nada do autor, apesar de já ter visto diversas vezes no blog da Juh Claro, as capas não me chamavam atenção e apesar de falarem super bem eu ainda não tinha dado prioridade na lista de leitura. Recebi esse mês pela Novo Conceito e decide dar uma chance – confesso que a capa foi um tanto fundamental hahaha, ela inclusive entrou pro post de capas mais bonitas de lançamentos. Apesar de ter lido apenas um livro, eu não compartilhei a opinião que muita gente tem sobre ele ser o Nicholas Sparks brasileiro, não vi toda essa similaridade na escrita.

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Vinícus é um homem egoísta, na procura pelo sucesso e pelos livros perfeitos ele não poupa ninguém. No ínicio eu odiei ele! Eu estava ao lado da Valentina quando ela xingava aos montes o pai. Mas, durante o livro eu comecei a sentir um pouco de pena dele, sei que o que ele fez com a família não foi justo, mas ao mesmo tempo, existe certo ou errado na vida? Todo mundo sente medo, câncer é uma doença que assusta… e não existe um livro onde ensine a gente a lidar com ela, apesar de você saber que a outra pessoa precisa de você, ao mesmo tempo, você também precisa de alguém. Eu acabei entendendo, apesar de não justificar, o posicionamento do personagem.

Ele possui duas filhas: Valentina e Vida. Eu amei a Valentina! Ela tem uma personalidade muito forte, foi muito corajosa ao lado da mãe preenchendo o espaço que o pai não teve a coragem de assumir, e não dá moleza para o pai que fora ausente por tanto tempo, mas apesar de tudo ela é uma garota incrível, inteligente e muito sensível. A pequena Vida dá a história um toque leve, coisa peculiar que as crianças têm, esse dom de transformar o ambiente por onde passam, mesmo que seja em forma de personagem literário.

“Pois se ainda assim você acha a vida parecida com os mundos que inventa nos seus livros, saiba que esta enganado. Ha um mundo aqui fora muito mais perfeito.”

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Os três embarcam numa estrada de perdão, recuperação, luto, amor parental, confiança e reconstrução de uma família. O livro me tocou muito, diversas vezes uma lágrima traidora caiou haha, além de gostar muito da sensibilidade de Maurício ao contar a história da família V, achei muito legal os aspectos literários abordados no livro, a forma como Vínicius fala sobre sua escrita e seus leitores. A citação abaixo é a minha preferida do livro, até porque eu me identifiquei muito com ela hahaha:

“No fundo, as pessoas não compram autores, não compram livros. Compram a emoção que a história promete proporcionar. O que cada leitor quer é, durante a imersão no mundo criado pelo escritor, esquecer-se dos problemas, angústias e tragédias do dia a dia. Ou, ainda que por instantes, experimentar  uma vida diferente da sua realidade.” 

Eu me apaixonei pelo livro, até porque eu sou uma pessoa imensamente ligada a minha família, e sinto muito por ver que hoje em dia muita gente esqueceu o significado de estar junto. Gostei da forma como o assunto foi abordado.  Achei o livro muito fininho, no entanto, eu gostaria que a história fosse maior, só por isso deu 4 no final, porque eu queria mais e mais.

“Livro bom é aquele que, quando você termina, tem vontade de ficar amigo do escritor. – Salinger” 

E eu quero me tornar sua amiga, Maurício Gomyde 😉 ansiosa demais para ter meu livro autografado na bienal!  Se você vai a bienal, não deixe de no dia 23 passar pelo estante da Novo Conceito, e confira o evento no facebook.

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