Autor: John Green
Título Original: Paper Towns
Editora: Intrínseca / Penguin Books USA
Nota: 3,8
Sinopse:
Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Notas
Resenha:
Eu amo o John Green, tanto pela A culpa é das estrelas que se tornou um dos livros com um espaço especial na minha prateleira, assim como pelo vlog dele e o espírito divertido e próximo aos fãs do autor. O considero incrível, por isso, quando comecei a selecionar alguns livros em inglês para fazerem parte dos meus estudos pra uma prova de certificado, Paper Towns (Cidades de Papel) me pareceu uma ótima escolha. Mas, já te adianto, esse livro me decepcionou e muito.
A escrita de John Green continua impecável nesse volume, mas o que me fez desistir várias vezes do livro e levar mais de um mês para terminá-lo, foram os personagens… Eu fiquei tão irritada com as ações da Margo e do Quentin, que eu queria jogar o livro pela janela. Nesse livro nos deparamos com adolescentes um tanto quanto egoístas, não que eles não existem no mundo real, mas foi difícil me manter interessada por esses adolescentes por muito tempo.
O conceito do livro é válido: nem sempre nós conhecemos profundamente aqueles com o qual convivemos, a essência de cada ser humano é muito mais profunda e complexa que qualquer pessoa de fora possa entender. Cada motivação, cada transformação e cada dor que se encontra dentro de cada um, muitas vezes nós achamos que a vida do outro é perfeita, mas nem sempre isso de fato ocorre. Acho isso uma discussão pertinente aos tempos de hoje, onde as redes sociais em geral tendem a mostrar vidas perfeitas – afinal, quem quer mostrar algo ruim sobre si na internet? Nesse quesito, John Green obteve sucesso novamente, porém, que realmente não gostei do fechamento da história. Espera muito mais e acabei me decepcionando.