Autor: C. S. Lewis
Título Original: The Great Divorce
Editora: Editora Vida
Nota: 5
Sinopse:
Em O grande abismo, C. S. Lewis vale-se mais uma vez de seu incomparável talento para fábulas e alegorias. O escritor-narrador pega um ônibus numa tarde chuvosa e dá início a uma viagem inacreditável.
No caminho, encontra-se com seres sobrenaturais, que fogem a tudo que ele já vira, e chega a conclusões significativas sobre as conseqüências inevitáveis do comportamento humano. É o ponto de partida para uma profunda reflexão sobre o bem e o mal. Se insistimos em conservar o Inferno (ou mesmo a Terra) não veremos o Céu; se quisermos o Céu, não guardaremos a menor, nem a mais familiar recordação do que seja o Inferno.
Uma fantástica viagem entre o Céu e o Inferno.
Resenha: É dificil nunca ter ouvido falar sobre C.S Lewis, o autor ficou famoso através de As Crônicas de Nárnia (assim que reler também vou resenhar por aqui) que já foi transformada em filmes e tem mais um por vir, porém, o que nem todo mundo sabe apesar de desconfiar é que Lewis era cristão (há várias referência á biblia em Crônicas) e tem obras incrivéis sobre o tema!
Esse é o primeiro livro que eu li onde o autor abre completamente sua religião, e não quero parar nesse, quero ler todos os deles, sem dúvidas! Você pode até não seguir a nenhuma religião, mas provavelmente já se pegou pensando em como seria o céu e o inferno, é exatamente isso que é explorado no livro de forma lúdica e divertida. Através de uma viagem de ônibus, o personagem principal-narrador faz uma viagem pelos dois planos, conhecendo diversos personagens, suas peculiaridades e demonstrando como ações que nós consideramos pequenas podem nos cegar diante do céu.
Eu aconselho que você leia se já tiver alguma infamiliaridade com a bíblia ou a curiosidade de saber mais sobre o assunto, mas não abra o livro se tiver com o coração com preconceitos, o livro é maravilhoso, mas você tem que ler de mente e coração aberto para Deus. E, se você é cristão pode ter certeza que Deus falará muito com você através desse livro.
Além da história em si já ser sensacional e ter um final incrível e inesperado, em diversas partes do livros terão trechos da bíblia e várias referências aos inspiradores do autor, achei isso sensacional, porque além de uma leitura agradável ainda é algo que agrega conhecimento e curiosidade sobre outras leituras.
Um personagem muito importante que eu fiquei curiosa para saber mais durante a leitura e agora divido com vocês é o Professor George MacDonald que acompanha o personagem narrador por um bom tempo do livro e ele foi uma grande inspiração para Lewis então preste atenção nas informações sobre ele. O livro é bem fininho então não posso fazer muito sem revelar detalhes, mas é uma leitura sem arrependimento e você será uma nova pessoa depois dele.
Acho que não conheço nenhum outro escritor que me pareça estar mais perto […] do próprio Espirito Santo.
(CS Lewis sobre MacDonald)
George MacDonald era um autor escocês, poeta e ministro cristão. Conhecido principalmente por seus contos de fadas tristes e romances de fantasia.
George MacDonald nasceu em 10 de dezembro de 1824 em Huntly, Aberdeenshire, na Escócia. Seu pai era um fazendeiro de Glen Coe e descendente direto de uma das famílias que sofreram com o massacre de 1692. O dialeto falado nessa região freqüentemente aparece nos diálogos dos romances não-fantásticos de MacDonald. Ele cresceu na atmosfera religiosa do calvinismo (dentro da Igreja Congregacional), mas nunca sentiu-se bem com todos os aspectos dessa doutrina. Conta-se, por exemplo, que, quando lhe explicaram pela primeira vez a doutrina da predestinação (João Calvino interpretou a predestinação bíblica como significando que Deus quer a condenação eterna para algumas pessoas e a salvação para outras), ele rompeu em prantos, embora lhe assegurassem que era um dos eleitos. Alguns de seus romances, como Robert Falconer e Lilith, expressam o desagrado de seu autor pela ideia de que o amor seletivo de Deus está reservado a alguns e é negado aos outros. Em seus Unspoken Sermons [Sermões não-pronunciados], ele desenvolve uma teologia altamente elaborada.
Em 1850, foi nomeado pastor da Trinity Congregational Church (Igreja Congregacional da Trindade), em Arundel, Inglaterra, mas não foi bem-sucedido em seus sermões, nos quais pregava o amor universal e a possibilidade de todos se unirem a Deus. Esteve, depois disso, empregado no serviço religioso em Manchester, abandonado-o por causa de problemas de saúde. Após uma breve estada em Algiers, capital da Algéria, estabeleceu-se em Londres, onde lecionou na Universidade de Londres.
Seus livros mais conhecidos são os romances de fantasia: Phantastes (publicado em 1858), The Princess and the Goblin (1872) [A princesa e o duende], At the Back of the North Wind [Por trás do vento norte] (1871) e Lilith (1895); bem como os contos-de-fadas: “The Light Princess” (1864) [A princesa da luz] e “The Golden Key” (1867) [A chave dourada]. MacDonald publicou também alguns volumes de sermões, embora não tivessem sido bem recebidos do púlpito.
George MacDonald inspirou muitos autores como WH Auden, Lewis Carroll, JRR Tolkien, CS Lewis e Madeleine L’Engle. Foi CS Lewis que escreveu que ele considerava MacDonald como seu “mestre”: “. Peguei uma cópia de Phantastes um dia em uma livraria da estação de trem, e eu comecei a ler algumas horas depois”, disse Lewis, “eu sabia que Eu tinha atravessado uma grande fronteira “. GK Chesterton citou The Princess and the Goblin como um livro que se “fez a diferença para toda a minha existência.”
Nas leituras também descobri que MacDonald conhecia John Ruskin que foi um personagem histórico que eu conheci a fundo durante pesquisas sobr Arts&Crafts na faculdade, um movimento artistico e social que ocorreu durante a revolução industrial. Confesso que ao trazer esse material para vocês também fiquei super empolgada e surpresa!
Para saber mais sobre George : http://georgemacdonaldbrasil.blogspot.com.br/
Já leu? Qual sua opinião? 🙂